Nas classes gramaticais, os pronomes pessoais oblíquos pertencem à família dos pronomes. Nesse caso, se referem ao objeto da frase, ao sujeito do discurso. Tem como principal função o complemento.

Sendo assim, quando se estudo a Língua Portuguesa, é preciso ter em mente que muitas das regras ensinadas na escola, os pronomes pessoais oblíquos são importantes ao longo da vida. Principalmente para saber escrever corretamente.

Quem está iniciando a vida acadêmica também vai precisar durante um bom tempo, produzir artigos usando a norma culta. Daí a importância de aprender todos os significados desses grupos. Como é o caso dos pronomes pessoais oblíquos, que nesse caso, não possui função de sujeito.

Ficou confuso? Calma que tudo vai se esclarecer ao longo deste artigo, com exemplos e mais explicações sobre a teoria gramatical. Para saber mais, continue lendo.

Neste artigo, falaremos sobre:

  • Quais são os pronomes pessoais oblíquos?
  • O que é um pronome oblíquo?
  • Como usar os pronomes pessoais oblíquos?
  • O que são pronomes retos?

Qual a função dos pronomes pessoais oblíquos?

Para entender melhor a sua função, é preciso tem mente aquela síntese que também aprendemos na escola. Entre dividir a frase em sujeito e predicado, sabendo também encontrar os objetos da oração.

Com isso em mente, é possível entender que ao longo de um discurso, os pronomes pessoais oblíquos servem como complemento. Em outras palavras, eles assumem a função principal dos objetos. Que podem ser objeto direto ou objeto indireto.

Tendo isso em mente, também vale ressaltar que existem tipos diferentes de pronomes oblíquos. Embora eles não exerçam função de sujeito em uma frase, como a grande maioria dos pronomes, eles se diferenciam nesse quesito.

Seu uso está diretamente ligado a função de complemento. Sendo assim, eles são usados para completar ou unir frases. Em uma estrutura comum de oração se tem o sujeito, seguido do verbo e depois disso um complemento.

Esse complemento, pode ser usado ou substituído por um pronome pessoal oblíquo. É comum encontrar em frases e orações os pronomes pessoais do caso reto, em parceria com os oblíquos. Isso acontece porque os do primeiro tipo servem como sujeito.

Quando os dois pronomes estão presentes na mesma sentença, isso também vale para quando ela é invertida. Por exemplo, se na frase “Ela comprou a briga.” “ela é um pronome pessoal do caso reto, e está na mesma frase em que a “A briga” é o complemento e também um pronome oblíquo.

Se invertermos a sentença e “A briga foi comprada por ela”, nesse caso, “A briga” passa a ser o sujeito e “por ela” se torna o complemento, e consequentemente, “ela”, vira um pronome oblíquo.

Além desse exemplo, é possível observar que dentro da classe dos pronomes pessoais oblíquos, a preposição “com”, quando se une a outros pronomes, se transforma. Geralmente é possível ver “contigo”, “comigo”, “consigo”, “convosco” ou “conosco”.

Em conclusão disso, o pronome pessoal oblíquo tem como principal função, complementar uma frase. Para entender quais são os tipos que existem e como eles podem ser diferenciados, acompanhe.

Quais são os pronomes pessoais oblíquos?

Dentro dessa categoria gramatical, os pronomes pessoais oblíquos podem ser divididos em dois tipos, os pronomes pessoais oblíquos átonos e os tônicos. No caso dos átonos, eles não possuem a adição de preposição. Por isso, são mais simples. As opções com as três primeiras pessoas verbais do singular, são em ordem: me, te, lhe, se, o e a. Enquanto que no plural, são: nós, vós, lhes, se, os e as.

Para entender os pronomes pessoais oblíquos que são tônicos, precisa levar em consideração sempre que eles levam uma preposição junto. Sendo assim, a primeira pessoa do singular usa o mim e contigo. A segunda pessoa do singular das pessoas verbais, usa o ti e contigo, e a terceira, ela, ele, consigo e si. Quando o muda para o plural, as pessoas verbais mudam e com isso, os pronomes também.

No caso da primeira pessoa do plural, os pronomes pessoais oblíquos são os nós e conosco. Para a segunda pessoa, o vós e o convosco e na terceira pessoa do plural, o si, consigo, eles e elas.

Pronomes pessoais oblíquos átonos

esse tipo de pronome é mais simples e não possui o acompanhamento de preposição. Portanto, em sua maioria, é comporto de uma palavra mais curta. Mas ainda assim, exercem a função de complementar o sujeito em uma frase.

Quando a isso, não muda muito do que o geral do grupo gramatical. Porém, para entender melhor porque eles não precisam de complemento e também como sua posição pode ser usada, atente-se aos tipos de pronomes.

Usados nessa categoria são os: o/os, a/as, lhe/lhes, me, nos, vos, se. Ao longo da frase o gênero e o número devem sempre acompanhar a pessoa da frase. E assim a oração fará sentido.

Quanto se diz que o sujeito em uma frase fez parte de uma ação, e há um complemento, como por exemplo, “Ela lhe contou tim tim, por tim tim.” o “lhe” acaba sendo pronome pessoal oblíquo átono. Que nesse caso está representando “ela”, segunda pessoa do singular.

Sendo assim, quando houver um sujeito que executa algum tipo de ação pelo verbo, e houver um complemento que não seja acrescentado de preposição, ele é do tipo átono. É fácil fazer essa identificação já que as palavras dessa categoria são mais curtas.

Formas diferentes dos pronomes átonos

Um adendo importante precisa ser feito nessa etapa. Principalmente para falar sobre os pronomes pessoais oblíquos átonos. Alguns deles, possuem formas diferentes e têm particularidades que precisam ser ressaltadas. Os pronomes oblíquos átonos, o/os, a/as, quando aparecerem antes do verbo em uma frase, são considerados comuns. Estão com suas características normais. Por exemplo:

“Nós a vimos perto da barraca da pipoca.”

“Ele os garantiu que o refrigerante duraria o filme inteiro.”

“Quem o entregou para o chefe foi o gerente.”

Agora quando ele é localizado depois do verbo, pode aparecer um hífen para ligar a sua palavra, junto da própria terminação do verbo. Em casos em que o verbo termina em vogal, veja exemplo:

“Atendi-os para oferecer o melhor serviço.”

“O professor acompanhou-a até a sala da direção.”

“Castigou-a de forma severa.”

Já quando o verbo tem seu final em um ditongo nasal, como os tios, “ão” e “õe”, ou quanto termina em “m”. Os pronomes pessoais oblíquos átonos passam a ser: no/nos ou na/nas. Nesse segundo caso, veja exemplos:

“Investigaram-no profundamente.”

“Acompanhem-no até a sala da chefia.”

“Comprei pães. Põe-nos sobre a mesa, por favor.”

E no terceiro caso, quando os pronomes dessa categoria aparecem depois de verbos que terminam com as letras, “z”, “s” e “r”. Dessa forma a contração junto do hífen passa a ser: lo/los ou la/las.

“O livro era complicado, mas para explica-lo fiz vários resumos.”

“Para obter sucesso em qualquer esporte é preciso pratica-lo com disciplina.”

“Jonas é um ótimo estagiário, e sempre que ajuda com o trabalho, fá-lo de forma eficiente.

Pronomes pessoais oblíquos tônicos

Essa versão precisa sempre estar acompanhada de preposição. Como foi visto anteriormente, esse tipo de pronome é maior, tem palavras mais longas. Por isso, fica mais fácil diferenciá-lo do outro tipo.

Em uma frase em que possui o complemento, por exemplo “Ela jogou tudo para ti”. Nesse caso, há um complemento, o “para ti”. Que está em parceria com a segunda pessoa do singular. O pronome oblíquo tônico aqui, é o “ti”.

Como nesse caso ele precisa estar acompanhado, a preposição “para”, vai junto na frase.  E assim ele se torna tônico. Essa função pode acabar modificando em alguns casos o que é dito na frase.

Atentando-se a isso, vale ressaltar que os sujeitos que aparecem nas frases ou sentenças, podem também assumir outras funções, como é ocaso deles se tornaram complementos. Na frase “Nós podemos brincar com elas”, “com elas” se torna o complemento. Caso a frase estivesse invertida, “elas” seria sujeito.

Pronomes oblíquos átonos e suas colocações

Além de todas as variações que os pronomes pessoais oblíquos átonos possuem, eles também podem ser colocados e usados de formas diferentes. De acordo com convenções específicas sobre esse grupo gramatical, o pronome possui uma relação com o verbo.

Dependendo de como isso acontece dentro do contexto, em outras palavras, dependendo de onde ele fica, se antes ou depois do verbo, sua colocação ganha um nome.

Quando o pronome pessoal oblíquo átono fica antes do verbo, sua localização é chamada de Próclise. Quando está depois disso, do verbo, seu nome é ênclise. Pode acontecer de se encontrar no meio do verbo. Nesse caso, o nome é mesóclise.

Para entender melhor, a próclise acontece quanto existem algumas palavras que atraem esse pronome para que ele apareça antes do verbo. Ou seja, normalmente outros pronomes, palavras de sentido negativo, preposições ou advérbios estão presentes e precisam desse sujeito.

Com relação a ênclise, isso acontece principalmente quando o verbo da frase está no imperativo ou no gerúndio. Mas sempre no afirmativo.

Em casos mais raros de mesóclise, os pronomes pessoais oblíquos átonos acontecem no meio do verbo quando ele está conjugado no futuro. Seja do pretérito ou do presente, não faz diferença.

Caso não houver qualquer construção semântica que justifique o uso dessas localizações para o pronome oblíquo átono, isso também pode ter outros nomes. Para se aprofundar mais, leia sobre colocação pronominal.

Colocação pronominal

Assim como já foi dito, toda a colocação pronominal pode ser definida a partir da localização de onde se encontra o verbo e os pronomes pessoais oblíquos. Que podem ser antes, depois ou no meio do verbo. Veja com mais detalhes:

Próclise

Para esse caso, a próclise é quanto o pronome oblíquo átono fica localizado antes do verbo em uma frase. Geralmente isso acontece, por haver outras palavras ali, que precisam desse complemento ao sujeito. Portanto ela aparece próxima a preposições, palavras negativas, pronomes, etc.

Inclusive, alguns pronomes do caso reto, podem ser os responsáveis por atrair os oblíquos para a oração.

“Eu te adoro.”

“Tudo nos será dado.”

“Ninguém me escuta.”

Ênclise

Dentro das localizações para pronomes pessoais oblíquos, esse caso serve para quando eles aparecem depois do verbo. Também pode ser em situações em que o verbo inicia a frase, ou quando ele está conjugado no imperativo afirmativo, ou no gerúndio. Em todos esses casos, a localização leva esse nome.

“Faça uma ótima viagem, mas divirta-se.”

“Dei-lhes muitos beijos.”

“Sempre erro as falas, mesmo decorando-as todos os dias.”

Nesse tipo de colocação pronominal, deve-se levar em consideração, que a ênclise possui formas alteradas dependendo do final do verbo. Por exemplo, quando o verbo termina em vogal, os pronomes são: o/os, a/as.

Quando os verbos terminam em ditongo nasal, como “ão” e “ões”, os pronomes são os no/nos e na/nas. Já quando terminar em “s”, “r” ou “z”, os pronomes serão lo/los e la/las.

Mesóclise

Quando dizemos que os pronomes pessoais oblíquos aparecem no meio do verbo, precisa ser dito que ele precisa estar em conjugação específica. Nesse caso, deve estar no futuro, sendo do presente ou do pretérito.

Quando não houver motivos para usar a próclise ou a ênclise, é a mesóclise que acontece na colocação pronominal. “Esperá-la-ei somente até amanhã!”

Pronomes pessoais retos

Em que difere os pronomes pessoais oblíquos para os do caso reto. Os pronomes retos estão ligados ao sujeito. De uma forma direta, são voltadas para as pessoas verbais. Portanto, eles são: ele, ela, tu, eu, elas, eles, nós e vós.

Assim como os pronomes pessoais oblíquos, os pronomes do caso reto também indicam algo nas frases. Cada um deles, está ligado a uma pessoa do tempo verbal, todas as que são do singular e também do plural.

A maior diferença entre os dois tipos é exatamente essa. Enquanto os pronomes do caso reto estão ligados as pessoas do tempo verbal, aos sujeitos das frases, os pronomes pessoais oblíquos são complementos, atuando como objetos das frases.

Embora não existe tanta diferença assim entre os pronomes quando colocados lado a lado. Eles fazem uma grande diferença quando aplicados em uma frase. Por isso, entender as funções de cada um, assim como as maneiras que podem ser usados, é fundamental para elaboração de boas orações e bons textos.

Dicas para nunca mais errar

O uso dos pronomes é algo que está sempre sendo cobrado em vestibulares e concursos. Portanto entender as regras e as teorias por trás do uso também é importante. Além disso, existem dicas que podem te ajudar par anão errar mais a forma de escrever.

Para deixar todas as sentenças criadas de forma harmônica, com os pronomes corretos, o primeiro passo é se atentar ao som das palavras, quando estiver lendo as frases criadas. Caso algo esteja estranho ou desagradável, provavelmente tem alto errado ali.

É importante confiar nessa intuição. Nosso ouvido capta muita informação ao longo do dia, que vão sendo registradas no cérebro. Seja da TV, do rádio, ao ouvir alguém falando, e também lendo conteúdo de qualidade.

Com isso, ao ouvir ou ler algo que parece estranho, essa estranheza é uma resposta natural do que estamos acostumados a ouvir ou ler. Desde que você leia e ouça conteúdos que usem pelo menos um pouco da norma culta.

Os pronomes pessoais oblíquos são muito comuns e estão presentes em diversos tipos de conteúdos em qualquer tipo de mídia. Portanto, está presente na rotina e no dia a dia da maioria das pessoas.

E o mesmo acontece com os pronomes pessoais do caso reto. Por ser mais direto que o primeiro, nesse caso, é mais comum ainda ouvi-los. Ao longo do artigo, foi possível observar que os pronomes pessoais oblíquos possuem duas variantes. Os átonos e os tônicos.

As duas categorias também são muito comuns de se ver, principalmente em livros. Contudo, para escrever um texto mais formal, eles são bastante usados. Ao seguir as regras e entender suas funções e como podem ser usados, os pronomes fazem total diferença para a fluidez de um artigo.

Principalmente no caso de histórias em que se possui nomes, trocá-los por pronomes pessoais do caso reto faz toda a diferença. Da mesma maneira que ao explicar uma situação, trocar os objetos por pronomes pessoais oblíquos também deixa o texto mais leve.

Conclusão

Deu para entender a importância de aprender as classes gramaticais mais a fundo? Os tipos de pronomes são vários e precisam ser estudados com atenção para não os confundir. Mas no que diz respeito sobre os pronomes pessoais, entender a diferença entre eles, é essencial.

Toda a estrutura das frases, assim como montar uma oração e a sua estrutura, precisa ser revisto caso algo deste artigo não esteja fazendo sentido. Volte e releia quantas vezes precisar até memorizar e entender tudo o que foi explicado.

Todo esse material serve de apoio para prestar vestibulares e concurso, assim com o Enem. Além disso, quando estiver com dificuldades em escrever, estudar a Língua Portuguesa e todas as suas regras pode fazer a diferença.

Os pronomes pessoais oblíquos têm função complementar, mas é preciso saber exatamente como eles devem ser encaixados na frase. Sendo assim, observe também, ao longo das frases que for ler daqui para frente, se encontra alguma dessas opções.

Se possível, faça exercícios para identificar os tipos de pronomes que estarão presentes em frases aleatórias. Encontradas em jornais ou revistas, e até mesmo pela internet. Contudo, é possível encontrar muitos simulados online de gramática para praticar.

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